Desembargador José Antônio Vidal Coelho
José Antônio Vidal Coelho, filho de Manoel Coelho e Alaíde Vidal Coelho, nasceu em Curitiba-PR, no dia 08 de junho de 1939. Futuramente, casou-se com Glaci Bassani Vidal.
Iniciou sua carreira na magistratura em 27 de dezembro de 1967, quando foi nomeado, após ter sido aprovado em concurso público, para exercer o cargo de juiz substituto da 9ª Seção Judiciária, com sede na comarca de Apucarana. Foi juiz substituto nas comarcas de Jandaia do Sul, Mandaguari, Marilândia do Sul, Jaguapitã e Arapongas. Em 14 de dezembro de 1968, foi nomeado juiz de direito da comarca de Sengés. Exerceu a judicatura nas comarcas de Cambé, Guaíra, Ponta Grossa e Curitiba.
Em 4 de outubro de 1988, foi nomeado juiz do Tribunal de Alçada e, em 24 de fevereiro de 1995, foi promovido a desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR). Integrou a 1ª Câmara Cível e o 1º Grupo de Câmaras Cíveis. Em 20 de dezembro de 2002, foi eleito vice-presidente do TJPR para o biênio 2003/2004. Exerceu, ainda, a presidência deste Egrégio Tribunal durante o biênio 2007/2008.
Aposentou-se, compulsoriamente, no dia 8 de junho de 2009.
Assumiu, interinamente, o governo do Paraná em 19 de maio de 2008. No Tribunal Regional Eleitoral exerceu a corregedoria e a vice-presidência.
Faleceu em Campo Largo, no dia 21 de janeiro de 2013.
Exerceu expressiva liderança no TJPR. Escolhido pelos seus pares para ocupar os principais postos de comando do Poder Judiciário, desincumbiu-se com maestria desses encargos, deixando indelével exemplo de tino administrativo, competência e seriedade.
Estive muito próximo dele quando concorreu e foi eleito para a presidência do TJPR para o biênio 2007/2008. Articulador, saiu vitorioso em todas as eleições das quais participou.
Ao empossar e saudar, em 06 de fevereiro de 2008, os juízes substitutos Tathiana Yumi Arai, Patrícia Roque Carbonieri e Luiz Carlos Fortes Bittencourt, disse Vidal Coelho: “O verdadeiro juiz é aquele que, sem se despir de sua condição humana, e, portanto, sem jamais se julgar acima do bem e do mal, sabe agir com determinação. Nunca, porém, como autômato, mero equacionador de silogismos. Isso porque o juiz não é neutro, embora deva buscar a neutralidade quando for decidir.” E resumiu: “Ser juiz, enfim, é decidir, pois sabidamente a justiça que não se faz a tempo e hora não é justiça”, aconselhando aos magistrados sentenciar ou despachar sem exceder injustificadamente os prazos e determinando providências para que os atos processuais se realizem nos prazos legais.
Sábias lições, assimiladas por todos que o miravam como paradigma de magistrado.
A juíza de Direito Mayra Rocco Stainsack, uma das suas discípulas, deve a ele todo o incentivo e ensinamentos para prestar jurisdição, e o considera tanto, tal qual uma filha falando do pai magistrado.
O seu maior prazer, depois do trabalho, era cuidar das árvores frutíferas da sua chácara. Levava tudo o que fazia muito a sério. Importou toda a tecnologia e produziu vinho de qualidade, para a alegria da degustação dos seus numerosos amigos. As garrafas remanescentes das safras são guardadas como tesouros.