Magistrado Jorge Sato

MAGISTRADO JORGE SATO
Por desembargador Robson Cury
Jorge Sato, filho de Saburo Sato e Tomiko Sato, nasceu em 12/03/1947 na cidade de Bilac-SP.
Exerceu a advocacia de 04/06/1972 a 11/12/1978.
Aprovado em concurso, após estagiar durante quatro dias nas varas da capital, tomou posse em 11/12/1978, como juiz adjunto na Secção Judiciária, com sede em Arapongas.
Em 28/09/1979, foi nomeado como juiz de Direito da entrância inicial de Matelândia.
Designado para atender a comarca de Medianeira, foi removido em 16/09/1981 para a comarca de Altônia.
Em 12/04/1983, Jorge Sato foi promovido para a entrância intermediária da 1ª vara criminal de Cascavel. Atendeu as varas da comarca de Londrina e a 1ª Vara Cível e a 1ª Vara Criminal de Toledo.
Removido em 22/05/1989 para juiz de Direito substituto da comarca de entrância intermediária de Londrina, atendeu diversas varas daquela comarca. Em 04/11/1991, foi designado como membro da turma da 2ª região, com sede em Londrina, para julgar os recursos dos Juizados Especiais de Pequenas Causas de diversas comarcas da região.
A pedido, aposentou-se em 13/03/1995, no cargo de juiz de direito da 2ª Vara Cível da comarca de entrância final de Londrina.
Participou de inúmeros Seminários Regionais da Magistratura e de cursos de especialização.
Recebeu em 1980 o título de Cidadão Honorário do Município de Céu Azul, através da lei sancionada pelo prefeito Geraldo Batista Chaves, pelos relevantes serviços prestados à municipalidade. No exercício do cargo de juiz de Direito da comarca de Matelândia, processou a concordata da Oleolar, sediada em Céu Azul, a primeira indústria da Lar Cooperativa.
Após jubilado, prestou assessoria ao gabinete do magistrado Ruy Thomaz no Tribunal de Alçada e, após a promoção dele para desembargador, continuou no Tribunal de Justiça do Estado do Paraná.
Foi diretor da sede de Piraquara da Associação dos Magistrados do Paraná.
Trabalhamos juntos em meados dos anos oitenta na comarca de Cascavel. Seu filho também tem o nome Robson.
Jorge Sato, sem nenhum exagero, tinha capacidade de trabalho inigualável. Foi o mais notável “limpa trilhos” da época. Era designado pela Corregedoria da Justiça para colocar em dia os serviços atrasados de diversas varas e comarcas. Prolatava as sentenças com rapidez. Naquele tempo o juiz não tinha assessor, fazia tudo sozinho, desde o estudo do processo, pesquisa de doutrina e jurisprudência, até a datilografia da sentença.
Certa ocasião, no meu gabinete da 2ª Vara Cível, cada um com a sua máquina de escrever, julgávamos processos atrasados de outra vara. Ambos, exímios datilógrafos, porém ao final do expediente, a produção dele era maior. Por quê?
Porque, além do seu excepcional bom senso e memória prodigiosa, analisava com rapidez e eficiência a prova contida no bojo dos autos.
Dele se pode dizer, magistrado vocacionado por excelência, que o trabalho sempre foi diversão, parodiando Thomas Edison: “Nunca trabalhei um dia em minha vida – era sempre uma diversão”.
A imensa maioria das suas sentenças, era confirmada pela instância “ad quem”, ou seja, pelos Tribunais de Alçada e de Justiça.
Muito respeitado por todos os advogados, admiradores da sua imparcialidade, qualidade do julgamento, e principalmente pela celeridade.
O Sato era amigo de todos os juízes e servidores. Lembro que ele e o juiz Roberto de Vicente (falecido em 2018 no cargo de desembargador) frequentavam semanalmente o Centro de Tradições Gaúchas (CTG) de Cascavel.
Vivemos esse tempo áureo em que a sociedade respeitava a magistratura e tínhamos imenso orgulho em integrá-la, mesmo que a remuneração não fosse condizente com o trabalho desempenhado.
Com a colaboração do Departamento da Magistratura na pesquisa dos dados funcionais.