Desembargador Luiz Fernando Tomasi Keppen
- TJPR
- Institucional
- Estrutura
- Comunicação
- Notícias
- Destaques
- Desembargador Luiz Fernando Tomasi Keppen
DESEMBARGADOR LUIZ FERNANDO TOMASI KEPPEN
Por desembargador Robson Marques Cury
Luiz Fernando Tomasi Keppen nasceu no dia 24 de março de 1961, na cidade de União da Vitória-PR. Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Pontifícia Universidade Católica (Puc-PR), em 1986. Fez a especialização de preparação para o ingresso na magistratura na Escola da Magistratura do Paraná (Emap) com carga horária de 840 horas. Cursou o mestrado em Direito das Relações Sociais na Universidade Federal do Paraná (UFPR), na área de Direito Processual Civil, em 1999.
Juiz de Direito desde 1989, Keppen atuou nas comarcas de Umuarama, Alto Paraná, Campo Mourão, Londrina e Curitiba. Criou e coordenou o Projeto de Resolução Alternativa de Conflitos do Juizado Especial de Curitiba, nos anos 2001 e 2002. Foi membro eleito do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) na classe Juiz de Direito, no biênio 2009-2011. No dia 15 de março de 2013, tomou posse como desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR). Também é membro da 16ª Câmara Cível.
No biênio 2014-2016, Keppen atuou como desembargador substituto do TRE-PR. Foi vice-presidente e corregedor do TRE-PR entre 2015-2016; presidente do Colégio de Diretores de Escolas Judiciárias Eleitorais do Brasil (Codeje), no biênio 2016-2017; presidente do TRE-PR, biênio 2016-2017 e secretário do Colégio de Presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais, em 2016.
Em 2018, Keppen foi eleito membro do Colendo Órgão Especial do TJPR, sendo seu membro suplente em 2019. Foi eleito presidente do TJPR para o biênio 2023-2024.
O magistrado foi membro da equipe correicional do colendo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na inspeção ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), em outubro de 2017. Diretor executivo da Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar), na gestão do presidente Fernando Swain Ganen, no biênio 2012-2013. Diretor secretário adjunto da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), na gestão do desembargador Henrique Nelson Calandra, em 2013. Vice-diretor eleito da Coordenadoria Eleitoral da mesma AMB, no ano de 2013. Diretor executivo da Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar) na gestão do juiz de Direito Frederico Mendes Júnior, no biênio 2014-2015. Coordenou os cursos da Amapar: "Tendências Criminológicas Contemporâneas", em Hamburgo (Alemanha), concluído em 2014, e “A reforma do Código Penal", em Augsburg (Alemanha), concluído em 2017.
Keppen foi professor da Escola Superior de Estudos Empresariais e Informática (Essei) entre 1987 e 1988, na cidade de Curitiba; professor, aprovado em concurso público de provas e títulos, da Faculdade Estadual de Campo Mourão-PR, onde, até maio de 1995, ministrou as disciplinas de Direito Administrativo e Introdução ao Estudo do Direito; professor dos cursos de graduação, pós-graduação e extensão da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), de 1999 a 2006, em Curitiba, onde ministrou a disciplina de Teoria Geral do Processo de 2001 a 2006; Lecionou a disciplina de Direito Processual Civil da Puc-PR, no ano de 2001; foi coordenador de Núcleo de Mediação da UTP, de 2001 a 2003, em Curitiba; foi professor dos cursos de graduação e pós-graduação da Faculdade Leocádio José Correia (Falec), de 2005 a 2007; atuou no curso de pós-graduação do Centro Universitário Curitiba (UniCuritiba), na área do Direito Eleitoral, em 2016; e foi professor no curso de pós-graduação à distância em Direito Agrário e do Agronegócio na Fundação Escola Superior do Ministério Público (FMP-RS), em 2022.
Keppen coordenou a equipe correicional do colendo CNJ na inspeção ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP), em março de 2018; foi conselheiro do CNJ no biênio 2019-2021; coordenou a equipe correicional do CNJ na inspeção ao TJSP, em março de 2022 e ao Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO), em junho do mesmo ano. Foi membro da equipe correicional do CNJ na inspeção ao Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA), em abril de 2022 e na inspeção ao Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJBA), em maio de 2022.
Atualmente, o magistrado é coordenador executivo do Comitê Gestor do Sistema Nacional de Segurança do Poder Judiciário e do Grupo de Trabalho Destinado à Elaboração de Protocolo de Reintegração Digna de Posse; é também membro designado para integrar o Comitê Gestor da Conciliação do CNJ bem como o Fórum Nacional de Recuperação Empresarial e Falências (Fonaref).
Como atividades associativas, Keppen foi diretor do Departamento de Apoio ao Juiz na gestão do desembargador Guilherme Luiz Gomes (Amapar), durante o biênio 1996-1997; foi diretor cultural da Amapar na gestão do presidente Miguel Kfouri Neto (biênio 2008-2009) e na gestão do presidente Gil Francisco de Paula Xavier Fernandes Guerra (biênio 2010-2011).
Keppen foi coautor do livro “Introdução à Resolução Alternativa de Conflitos. Negociação, Mediação, Levantamento de Fatos, Avaliação Técnica Independente", publicado pela J.M. Livraria Jurídica, em 2009; foi organizador do livro "Direito Eleitoral Contemporâneo - 70 anos da redemocratização pós-ditadura Vargas e da reinstalação da Justiça Eleitoral", publicado pelo TRE-PR, em 2016; atuou como coordenador do livro "Sistema de Integridade e Poder Judiciário. Estudos em homenagem ao Ministro Luiz Fux", publicado pela Editora Fórum, no ano de 2022.
Membro do Conselho Estadual de Defesa do Consumidor, Keppen atuou na condição de Representante do Poder Judiciário, desde 12/04/2004, com mandato de dois anos. Participou como palestrante de cursos e seminários e é autor de artigos para revistas especializadas na área do Direito.
O magistrado recebeu várias honrarias e comendas, sendo a mais elevada a admissão na Ordem do Tribunal Superior Eleitoral - Assis Brasil - no Grau de Grande Oficial, em 05 de abril de 2016.
Proficiente em língua inglesa e italiana.
O desembargador Luiz Fernando, ou Keppen - como é mais conhecido, tem a incrível capacidade de colecionar amigos por onde passa. Herdou os traços da beleza cativante da sua mãe, Almeri, e sempre coadjuvado pela bonita e elegante esposa, Dirce, assim como pelas queridas filhas, que constroem uma trajetória brilhante em todos os sentidos.
Homem de visão, dotado de tino administrativo invejável. Suas arrojadas ideias, com predomínio do seu espírito gregário sobre o interesse individual, tem sido a tônica da sua vida.
Foi assim quando, ainda magistrado no interior, sonhou e idealizou um condomínio na capital onde os colegas morassem próximos. Exemplo que foi seguido. Modernizou, juntamente com Dirce, a colônia de férias de Guaratuba, com um moderno parque aquático, bar e restaurante externo. Participou do programa de comunicação “Justiça para todos”, da Amapar, e na associação destacou-se em diversas gestões da Diretoria Cultural. No apoio e valorização ao juiz, descobriu a sua maior missão. E dela tem se desincumbido com exemplar dedicação.
Vale registrar seu projeto de governo: “Pretendemos, na Presidência do Tribunal, continuar lutando pela melhoria das condições de trabalho, pela valorização da magistratura e pelo contínuo incremento da nossa remuneração, que se encontra muito defasada. Também teremos olhos para o engrandecimento deste Tribunal em todos os seus setores e departamentos. Trilharemos uma gestão compartilhada, respeitando as diferenças, pensando num Poder Judiciário unido e humano. A partir da vivência e experiência adquirida, buscaremos o estreitamento das relações com os demais poderes e instituições, objetivando garantir e ampliar a participação em decisões que nos afetem, visando a assegurar o respeito integral ao Poder Judiciário paranaense”.
Tais propósitos, com muito esforço e trabalho, vem sendo seguido à risca. E, como Keppen disse na sua carta de campanha: “Todo o aprendizado, quero levar para o nobre exercício da Presidência do nosso Tribunal, trazendo sempre na memória as lições de tolerância, solidariedade, humildade e pacificação que aprendi durante toda a vida”.
Seu amigo de juventude, des. Rogério Etzel, relata a história e a amizade de vida que construiu com o des. Keppen:
“Só posso começar a falar de minha amizade e da história de vida com o Keppen, se falar também da relação com toda a família dele.
E tudo começa porque meu querido e amado pai, o doutor Ary, abriu mão de uma sociedade, em um hospital de Telêmaco Borba, para que os filhos tivessem uma educação melhor em Curitiba.
E onde fomos morar? No Edifício Itamaraty, justamente no mesmo local em que em morava a família do Luiz Fernando Tomasi Keppen. Estou falando da década de 70, quando eu tinha uns 6 ou 7 anos de idade.
Minha relação de amizade começou com o Rodrigo Keppen, irmão do Luiz Fernando, até porque a diferença de idade para o Luiz Fernando nessa época era de uns 6 anos. Portanto, quando eu tinha 12 anos e jogava bola com o Rodrigo, o Luiz Fernando já namorava. Nessa fase da vida, essa diferença de idade faz muita diferença. Hoje, eu com 58, não mais.
Eu e o Rodrigo estudávamos no Colégio Santa Maria, quando este ainda se situava ao lado do Teatro Guaíra. E lá, também jogávamos futebol. A amizade com o Rodrigo se estreitou. Nas férias, viajávamos para São Mateus do Sul, onde o pai deles, o doutor Wlady (Wladimir), era engenheiro do Departamento de Estradas de Rodagem (Der-PR).
Também passávamos as férias juntos em Palmas-PR, numa área que a família tinha. Lá, o Rodrigo me ensinou a pescar, atirar, caçar, andar a cavalo, andar de moto, matar porco, galinha e carneiro.
A amizade também se fortaleceu entre minha querida mãe, carinhosamente chamada por mim de dona Marlene, e a dona Mery (Almeri), mãe deles. A nossa família e a família Keppen passavam até o Natal juntos.
Crescemos, e os caminhos não se cruzaram mais, porque o Rodrigo passou em Medicina Veterinária na cidade de Lages-SC, e eu em Direito na Puc-PR. Nessa época o Luiz Fernando já era formado em Direito e estava estudando para o concurso de juiz.
Eu fazia estágio na Defensoria Pública. Quando encerrou o meu contrato, lembro como se fosse hoje. Saí da Defensoria, caminhando pela rua Barão do Rio Branco e, a certa altura, no número 63, lembrei que o Luiz tinha escritório ali, nos conjuntos 1402-1403. Eram sócios, ele e a Dirce, ainda noivos em 1988. Pensei: acabou o meu estágio. Será que o Luiz não está precisando de um estagiário? Subi. Lá estavam o Luiz e a Dirce.
Nesse dia, minha vida mudou completamente! Perguntei ao Luiz se ele precisava de estagiário. Antes de me responder, fez um questionário sobre a minha vida como estudante de Direito e perguntou se eu queria ser um bom profissional e estudar ou um profissional medíocre sem estudar? Confesso que nessa época, os estudos não eram meu forte, por isso, respondi prontamente que queria ser um bom profissional!
Então, ele pegou um livro da estante. Lembro muito bem qual era. O Novo Processo Civil Brasileiro de José Carlos Barbosa Moreira. Disse para mim: leia, estude que em uma semana vou te perguntar. Li, estudei a obra e quando devolvi o livro, ele o abriu aleatoriamente e perguntou: O que é remição de bens na execução?
E assim foi com outros livros. O incentivo ao estudo foi fundamental. Comecei a estudar muito na faculdade. Esses dias, uma amiga da mesma sala de aula, me encontrou e lembrou que eu dei uma virada de chave nos últimos anos de Direito. Formei-me, fiz Escola da Magistratura (Emap) e passei em 2º lugar. Fiz o Concurso da Magistratura e já consegui aprovação no primeiro, em 5º lugar.
Lembro ao Luiz sempre que posso. Aquela visita ao teu escritório para pedir estágio, mudou a minha vida. Eu devo minha carreira na magistratura ao Keppen. Não só a aprovação, mas todo o meu caminho até hoje.
Iniciei a trajetória de interior em Campo Mourão. Poderia ter escolhido até uma comarca mais próxima, mas o Keppen era juiz lá, então optei por continuar aprendendo e amadurecendo com os ensinamentos dele. Fiquei lá só por três meses, porque a carreira estava andando a mil. Uma pena! Lembro que no primeiro dia como juiz, cheguei ao fórum cedo e o Keppen me disse que teria um júri às 13 horas e que eu teria que fazer porque ele tinha um compromisso no Eleitoral na comarca de Terra Boa. Apavorei-me! Nunca tinha assistido um Júri. Perguntei se não podíamos trocar. Ele disse que não. No final, ele não foi para Terra Boa e eu acabei fazendo o Júri sob os olhares dele. Até hoje, acho que não tinha nada de Eleitoral na comarca vizinha. Foi uma experiência muito boa! Nunca mais tive receio de encarar esse desafio.
Lá em Campo Mourão, outros colegas também me ensinaram muito, como o Camacho e o Candido Sobrinho entre outros.
De Campo Mourão, fui para Pinhão e, lá chegando, tive que enfrentar um Mandado de Segurança postulando a reintegração do prefeito ao cargo, tendo como advogados o professor Clémerson Merlin Cleve, Jacinto Coutinho, Luiz Carlos Rocha e Manoel Caetano. Imaginem isso com poucos meses de carreira, com praticamente nenhuma experiência anterior. E a quem recorri para trocar ideia sobre qual seria o melhor caminho a ser trilhado? Claro, o meu mestre Keppen.
O Keppen sempre teve muito bom senso. É equilibrado, razoável, prudente, ponderado, comedido e tem muito discernimento. Inteligente, sensato e competente. Eu sou muito grato por ter um amigo, um irmão, como o Keppen, como meu mentor e conselheiro nos momentos mais difíceis da minha vida, tanto profissional como pessoal.
Que privilégio ter desfrutado e ainda desfrutar da amizade desse irmãozinho, Keppen.”
O magistrado Antonio Franco Ferreira da Costa Neto, incansável juiz auxiliar, testemunha o seu dinamismo, traçando em singelas linhas o perfil vitorioso do Luiz Fernando Tomasi Keppen:
“Quando ingressei na carreira da magistratura, no início do mês de novembro de 1998, nas primeiras visitas aos fóruns de Curitiba promovidas pela Emap, conheci o magistrado Luiz Fernando Tomasi Keppen.
Lembro-me com muito carinho a forma simpática e cortês com que, juntamente com outros colegas, juízes titulares do Fórum dos Juizados Especiais da Rua Fernando Amaro, no Alto da XV, nos recebeu e acolheu.
Anos depois, nos reencontramos em alguns torneios de tênis promovidos pela Amapar e AMB, onde estreitamos a amizade.
Em 2016, quando o Keppen foi presidente do TRE-PR, e eu, diretor do Fórum Eleitoral, tive a honra de servir como seu juiz auxiliar. Um ano intenso e de muitos desafios, foi quando me deparei com um líder de inteligência ímpar e de gestão impressionante. Tanto que lá deixou sua marca indelével, enfrentando com muita habilidade e coragem, dentre outros tantos feitos, as ocupações de estudantes em locais de votação no 2º turno da eleição de grandes cidades. Como consequência, sua estratégia foi um sucesso, conseguindo inclusive ser o Tribunal do Brasil mais rápido em totalizar os resultados eleitorais.
Muito respeitado por todos na Terra das Araucárias e nacionalmente, cumulando também o cargo de diretor da Escola Judiciária Eleitoral, foi eleito presidente do Codeje, onde foi muitas vezes homenageado por seus excelentes projetos de cidadania, a exemplo do Parlamento e Tribunal Eleitoral Jovem.
Incansável no objetivo de servir ao Poder Judiciário, anos após, foi indicado e empossado com honrarias no CNJ, onde, com natural liderança e maestria defendeu relevantemente as prerrogativas da magistratura brasileira, presidindo importantes comissões daquele órgão, em destaque, o Fórum Nacional de Precatórios (Fonaprec).
Posso afirmar com segurança que talento, competência e carisma, não faltam no vasto currículo de nosso presidente Keppen, assim eleito, em primeiro turno, para chefiar o TJPR no biênio de 2023-2024.
Em resumo, o presidente Keppen, meu amigo e companheiro de tantas lutas, na alegria e na tristeza, como costumo dizer, é um homem de personalidade exemplar, um marido e pai dedicado, uma pessoa amiga, cativante e acolhedora, chefe cortês e respeitoso, que sequer tem uma só palavra negativa em seu vocabulário, o que o credencia para continuar liderando a Justiça
Paranaense da forma histórica que vem fazendo e ainda alcançar voos mais altos em sua vitoriosa e marcante carreira.
Agradeço ao desembargador Robson Marques Cury, igualmente meu querido amigo e irmão, a honrosa oportunidade em poder escrever estas simples, mas sinceras linhas, sobre esse talentoso e impoluto magistrado, desembargador Luiz Fernando Tomasi Keppen.”
Eu admiro sobremodo o dom de orador do Luiz Fernando, não raro deixa de lado o texto escrito, e com a sua facilidade de comunicação verbal, escolhendo as palavras certas, “ab imo corde’, com conhecimento dos fatos, transmite as emoções com a entonação da voz aliada a linguagem corporal, de molde a criar empatia com a plateia.
Por desembargador Robson Marques Cury