Documento apresenta as principais atividades desenvolvidas pelo TJPR em 2023

TJPR promove I Encontro de Instituições Facilitadoras de Grupos Reflexivos


TJPR PROMOVE I ENCONTRO DE INSTITUIÇÕES FACILITADORAS DE GRUPOS REFLEXIVOS

Evento fez parte da programação da 27ª Semana da Justiça pela Paz em Casa 
 

Como parte da programação da 27ª edição da Semana da Justiça pela Paz em Casa, o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR), por meio da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid), realizou, na segunda-feira (19/8), o I Encontro de Instituições Facilitadoras de Grupos Reflexivos e Responsabilizantes para Autores de Violência Doméstica e Familiar da Cidade de Curitiba. 
 
Os grupos reflexivos têm como objetivo construir um espaço de diálogo em que os participantes podem repensar conceitos estereotipados e práticas violentas, com a possibilidade de ressignificá-las. São, no mínimo, oito encontros com pautas voltadas às temáticas sobre violência, perspectiva de gênero, Lei Maria da Penha, saúde do homem, masculinidades, autoconhecimento e tratativas de conflitos por meio da cultura da paz e da comunicação não violenta. A abordagem reflexiva busca privilegiar conteúdos, dinâmicas, espaços físicos e outros elementos que facilitem a troca, a exposição, o contato e a elaboração de forma coletiva. "É um trabalho feito para que o homem saia dali mudado, para evitar que se renove a violência contra as mulheres. É uma política pública de prevenção”, explica a coordenadora da Cevid, desembargadora Ana Lúcia Lourenço.  
 
O encontro, que reúne profissionais que atuam nesses grupos, é uma iniciativa inédita no país. Foram seis painéis de apresentação, nos quais buscou-se promover a integração e o diálogo entre setores do TJPR e as instituições conveniadas e parceiras que atuam com grupos reflexivos na capital paranaense. A iniciativa foi organizada para favorecer o compartilhamento de informações e de experiências entre as entidades envolvidas, além de incentivar a parametrização das práticas já adotadas. “É um momento de compartilhamento, de integração e de padronização um pouco maior do trabalho. Até porque estamos num contexto de política pública nacional e não de uma prática individual”, aponta Talita Quinsler Veloso, psicóloga e professora supervisora de grupos reflexivos na PUCPR. 

Um mapeamento de 2023, realizado pelo grupo Margens, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), indicou um aumento de 166% na quantidade de grupos reflexivos ativos no Paraná em comparação com o ano de 2020. Atualmente, existem 133 grupos no estado. "Esse tipo de evento nos ajuda a ter uma visibilidade cruzada, ou seja, conhecer boas práticas, ver o que cada um está fazendo e, também, entender organicamente como os grupos têm se estruturado como uma política que está ganhando regulamentações. Então a gente começa a se entender como pares e trocar como pares”, analisa Daniel Martins, pesquisador sobre grupos reflexivos.